sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vênus

Foi ao ouvir que refleti...
O que é o amor?
Quem inventou?
Leia atentamente o que está a seguir

Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.

A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor e não podemos castrá-lo.

O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.

O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.

(Moska)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

fui ali ver o que tinha
e lá havia muitas coisas
decidi ficar
voltei
cá estou
em breve post

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.

Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.

Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector

terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Love is a losing game..."

Aline

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Quando cresci?


Com a proximidade de minha data festiva, as lembranças começam a me visitar.
Em uma conversa distraída esse dias, lembrei de minha papua de papuada*, o quanto ela e minha mamadeira me ofereciam horas de prazer. Como era boa minha papua e como eu a perdia dentro de casa. Mas a minha heroína, alcunha MÃE, estava sempre apta a encontrá-la ou me fornecer outra.
Lembro também, da ânsia que tomava meu corpo na hora de limpar-me sozinha. Nossa!! Preferia sempre o grito: - Mãaaaeeeeeee, to pronta!
Sim, chamava a mãe, a tia, a prima...mas sozinha era vômito na certa.
Lembro também das palavras mais complicadas, difíceis, que tive que aprender - ons, remelho e amarron*.
Que saudosa infância!
Dos momentos compartilhados com meus irmãos, com meus pais e amigos. E o quanto minha inocência, conseguia transformar as coisas ruins em boas. Como a vez que meu pai se desequilibrou, caiu em cima do meu berço, quebrando algumas ripas de madeira cerradas por ele depois e eu feliz da vida que meu pai tinha feito uma portinha para eu entrar!
Eu e meu irmão mais velho cantando e pulando na cama da mãe - o Hino da Dona Irota*.
Ouviram das pitanga e bergamota
Eu vi a dona Irota virar cambota
Apesar da afronta a nosso Hino Nacional, eu achava o máximo. Meu irmão e sua "guitarra vassoura", eu e qualquer "vidro de perfume microfone", cantando, gritando e ao final claro, virávamos uma bela cambalhota na cama da mãe.
Depois, mais um membro chega a nossa família - minha maninha. Apostei uma bala e um 'chiclé' com o mano que seria uma menina. Aposta ganha, mas nunca quitada!! Acreditei que ela seria minha parceira, ledo engano, puxa-saco do mano.
Lembro com carinho das palavrinhas da Dede, anana, pauinha, viriga*... E de sua insistência em dizer que a mãe preferiva* eu...
Nesses anos passados, tão recentes na memória, fica o questionamento quando foi que cresci?
Quando foi que parei de brincar e brigar com meus irmãos?
Quando foi que deixei de caber no colo do pai e nos braços da mãe?
Quando foi que minha barbie voltou as caixas de brinquedos?
A verdade é que não me sinto crescida, claro que, em proporções físicas o crescimento é vísivel, assim como o amadurecimento de algumas ideias.
O que quero (e o que sinto) dizer, é que se eu quiser ainda posso recorrer aos braços de mamãe, tudo bem se quiser brincar e também gerar alguma discussão com meus irmãos. No entanto, não será mais como antes e é por isso que sinto que cresci...mas não sei quando.

*Dicionário Alinees e Dedees

Papua de papuada - Bico, chupeta (sim eu usava a expressnao para pedir meu bico. eu que inventei!)

Ons - Ônibus (Fiquei uma tarde treinando com uma amiga da minha mãe, até que finalmente abandonei, ou melhor, 'desci' do meu ons)

Remelho - Vermelho (eu conseguia a incrível façanha de falar verde e não dizer corretamente vermelho, coisas de criança)

Amarron - Marrom (ah essa é um clássico infantil)

Dona Irota - A vizinha mais velha da rua em que morávamos e que não gostava de crianças

Anana - Banana (primeira palavra da minha irmã sentada no balcão da venda)

Pauinha - Paulinha (chamando uma gurizanha que tava ssempre pela rua)

Viriga - Virilha (ela sentia muitas dores nessa região, principalmente se visse meu irmão chegar do futebol com dores, logo, ela também sentia!)

Preferiva - Preferia (ela tinha verbos próprios, preferiva, morriva...e assim ia)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Vida de Foca - Alfaces, rúculas e afins

Bem, como dito anteriormente, trabalho em um jornal do interior.
Onde muitas famílias tiram seu sustento do campo, logo, muitas pautas partem dessas pessoas - os agricultores.
Dia 25 de julho, comemora-se o Dia do Colono e Motorista e entre uma pauta e outra para o jornal semanal, sai para elaborar algumas para o Caderno Especial do Colono e Motorista.
Na primeira pauta, visitei um rapaz, de 24 anos, morador do interior de Sobradinho, cujo além de agricultor é tanoeiro, artesão, inventor...e por ai vai!
A propriedade é muito bonita e já da rua avistei inúmeros pés de bergamota.
- Vamos ter que levar umas. (Brinquei com o meu colega)
- Com certeza; disse ele
Conversamos, visitamos a propriedade, vimos suas criações. E na última 'escala', eis que avisto um moedor de cana-de-açúcar. Pergunto se também é sua invenção, ele afirma e questiona se gosto de cana.
A reposta, claro, foi afirmativa.
-Então leva um pedaço?
-Aceito, disse rindo
Mal sabia eu, que o pedaço em questão, media aproximadamente mais de 1,60m e depois de minha aceitação não poderia recusar.
Meu colega só deu uma espiada de canto de olho, provavelmente pensando em como 'guardar' meu presente dentro do carro.
Mas na saída teve mais, meu colega elogiou os pés de bergamota, e adivinhem; - Vocês querem umas??
Sim, aceitamos felizes e nos meus pés havia um mar de frutas alaranjadas, que emanavam um cheiro peculiar e indicavam toda a sua doçura. Comemos e comemos muitas!
Na volta, fomos a casa de uma senhora, que no momento em que chegamos colhia nozes.
Sim eu também ganhei nozes e experimentei a torta de banana e nozes que ela havia feito. Sem contar o vinho de sua propriedade. Não só tomei um cálice, como de brinde ganhei um litro.
Retornamos eu as bergamotas, a cana, as nozes e o vinho.
A receptividade aqui, além de agradar, enche também a barriga.
Em outra propriedade, em que o agricultor trabalha somente com insumos orgânicos, fomos agraciados primeiramente com os olhos.
Quem visita a propriedade, se deslumbra com a beleza e os cuidados com as hortaliças. Eis que entre o tira foto ali, pega aquele repolho, para ali no lado das alfaces, o proprietário colheu alguns pés...
Na hora de embora, veio a surpresa, ganhamos um repolho imenso, duas variedades de alface, um maço de rúcula, laranjas e bergamotas.
-Se é do gosto de vocês, podem levar. (disse cordialmente o produtor)
Agradeci perplexa com a quantidade e a beleza que continha aquelas sacolas.
Naquela noite, lá onde moro, teve alfaces, rúculas e afins...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dias Loucos

Nando Reis


Na loucura dos meus dias
quero ser são, pra tornar-me louco
Onde lugar comum
é viajar nas ilusões de cada um;
Cair do abismo dos pensamentos
que até a lua chegam e voltam
Na certeza que o certo é relevante
num dia seguinte distante;

Quero ser exemplo pro meu filho
Quero ser orgulho pro meu pai
Amor pro meu amor
Servir a meu Senhor

Na loucura dos meus dias
vou conseguindo me fazer ver
Que eu preciso de alguém que me entenda e que eu consiga entender;
Olhar pra frente e fazer planos
deixar pra traz o que me magoou
me dê a mão venha comigo sempre me aceite simplesmente como eu sou

Quero ter orgulho do meu filho
E seguir o exemplo do meu pai
Ser amor só pro meu amor
Servir a meu Senhor

Numa mistura de loucura e lucidez
Vou viajando e me perdendo em ilusão
Será que esse momento é insensatez?
Uma overdese em meu coração

terça-feira, 8 de junho de 2010

O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...

Mário Quintana

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vida de Foca - Viajei com Madu

É difícil desfazer laços, tanto que, tenho retornado para casa todos os finais de semana.
Já relatei minha primeira experiência como jornalista profissional, agora relato meu primeiro retorno...
Viajei com Madu!
Sentei no primeiro banco e observei a entrada de todos os passageiros.
Quando a grande maioria já estava acomodada, vi uma senhora embarcar e sentar-se bem ao meu lado.
Logo atrás dela uma moça com uma criança no colo, era a Madu. Com um beijo na pequena, a moça se despediu e disse: - Vai com a vovó!
Percebi que Madu seria minha companheira de viagem. Madu me sorriu, sorri também. Perguntei seu nome e a resposta saiu meio confusa, entendi Manu, foi nesse momento, que vovó se comunicou comigo pela primeira vez. Mal sabia eu, que juntas iríamos compartilhar muito mais que a viagem.
Foi ela que toda atenciosa, explicou que era Madu, - "na verdade é Maria Eduarda, mas ela mesma que se apelidou de Madu, né 'fiinha'". Vó, neta e eu sorrimos e selamos nesse momento um estreito e recente laço de amizade.
A pequena conversou algumas poucas palavras e logo se pôs a dormir, aconchegada nos braços da vovó.
Iniciamos nosso diálogo, nos dirigíamos a Santa Cruz, mesmo destino, rumos diferentes.
Foi nesse momento qucompartilhei uma bela história de vida...
-Vou passar o fim de semana com a minha filha! Nem sempre ela consegue ir nos ver. Relatou minha parceira exatamente no momento em que seu olhar vagou, para um lugar que não pude compartilhar, mas certamante um passado nem tão distante.
-O que ela faz?
-Trabalha e ta encerrando os estudos. Trabalha no hospital, as vezes ta de plantão.
-Sei...
Decidi nesse momento deixar a vó de Madu falar, observei que era isso que ela queria. Me contar sua história, para que eu pudesse ouvir e saber mais sobre ela e sua vida.

"Tive 8 filhos, eles já tavam criados, quando decidi pegar a mãe da Madu. Tinha que ver, era um ratinho, pequeninha, e essa aqui(Madu), nasceu igualzinha. A gente achava que ela nem ia se criar. a guria não queria mamar de jeito nenhum. Mas sabe o que era? Ela gostava de mama morninho...risos
Sempre foi uma espoletinha, olho pra essa aqui e vejo ela. Meus outros filhos me ajudaram muito, eu nunca sai de Sobradinho, vivi minha vida toda aqui. A minha filha tentou estudar em Santa Cruz e trabalhar aqui, mas não deu. Ela se cansava muito e o dinheiro era pouco. Conseguiu uma coisa melhor, mas não tinha como levar a Madu junto, ai ela ficou comigo. É minha companheira, alegra a minha casa, me ajuda e tudo.
Mas eu não tenho mais pique, sabe?! Esses dias cai e quebrei o braço, nem consigo 'garrar' ela no colo direito. Ela não incomoda nada, nada. Tenho 79 anos, mas faço tudo na minha casa".
Madu acordou e trocou umas palavras sobre o movimento na estrada. Vovó deu bolachas para Madu, aguinha, acariciou e era retribuída com carinhos. Eram cúmplices.
Chegamos. Com sacolas e mais a criança, ofereci ajuda.
-Vem com a tia Madu?
O sim veio na forma de sorriso e balanço positivo da cabeça.
Desci com Madu nos braços. O Kiko já me aguardava e ficou surpreso ao se deparar comigo e uma criança.
Aguardei até a vó se ajeitar e pegar suas coisas. Madu no meu colo observava e apontava coisas na rodoviária.
Na despedida, ganhei um beijo da pequenina e um aceno daquela mãozinha miudinha.
A vó me agradeceu e despediu-se com um até logo, e a promessa de nos reencontrarmos em Sobradinho.

Não a vi mais...de Madu carrego apenas a lembrança!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Domingo é cinza
Segunda é triste

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Vida de Foca - parte I

Para quem não sabe, é o jornalista iniciante. Aquele que nunca esteve em uma redação, não sabe por onde começar e carrega consigo inúmeras inseguranças.
No site Observatório da Imprensa tem uma matéria bem legal sobre o assunto - FOCA -.

Pois bem, decidi relatar aqui minhas experiências de Foca. Sim, sou uma foca cercada por leões, digo, colegas experientes.
Iniciei no jornal dia 22/03, uma segunda-feira nublada, murrinha eu diria. No horário marcado, lá estava eu na redação. Animada, primeiro dia, colegas novos, cidade nova...enfim, deslumbrada mesmo com a oportunidade.
Cheguei antes do chefe - ponto para mim -, e assim que ele pôs os pés na sala, deu um bom dia, seja bem vinda e senta ali que vai ser o teu lugar. Liguei a máquina, mesmo sentindo parecer estar com as mãos amarradas. Gente, foca não sabe o que fazer no primeiro dia e muito menos as 8 horas da manhã!
Mal dei minha primeira respirada, tipo me situando, veio a primeira pauta. Primeira pauta, ai vou eu.
Detalhe, que é sem muitas informações.
Observem o diálogo:

- Oh Aline, tu vai ali na igreja matriz, o Cesar te acompanha. O pessoal da saúde ta todo ali. Vão lá!
Enquanto a frase saia da boca do editor, eis minha cabeça -( igreja??? matriz?? saúde???...ok, ok Cesar acompanha) em segundos, esclareço.
- Ta mas o que eles tnao fazendo ali? perguntei eu
- É o negócio da dengue...agora vão logo porquê eles vão sair daqui a pouco.
- Ta!

Lá foi eu e o colega - fotógrafo -, enquanto minha mente processava as informações recebidas.
Que eram: Na igreja da matriz o pessoal da saúde estava, para um negócio da dengue.
Sim, eu fiz a matéria e essa foi capa do jornal de sexta! O jornal aqui é semanal, deixo claro!
Esclareço agora alguns pontos - a) A Igreja da Matriz aqui na cidade é super conhecida; estranha ela era para mim que sou recém chegada
b) Pessoal da Saúde, entenda por Secretaria da Saúde do município, e lá também estava a equipe da Vigilância Sanitária
c) O negócio da dengue, significa Prevenção contra o mosquito transmissor da doença. Campanha da cidade!!

Pensa que vida de Foca é fácil!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Tudo novo de novo...

Eis que ressurjo!!!!
Sim, estou bem e feliz.
Para quem ainda não sabe, estou na minha área. É people, estou atuando como Jornalista.
Me preparei para isso e cá estou eu!
Gazeta da Serra, Sobradinho -RS, Brasil.
Subi a Serra...(lembrem-se do Mamonas quando lerem essa frase), mudei meus caminhos e agora expando meus horizontes.
Em Santa Cruz, ficaram a família, os amigos, o amor e um passado que me impulsionou para o futuro.
Não foi fácil, gostava do que fazia, embora estivesse angustiada em começar por algum lugar...
E vim!
"Ganhei" até família! Com 3 gatos, uma cachorra, irmã, mãe, pai e mais gêmeas, que acreditam que tenho a idade delas e me convidam para brincar.
Eu cresci, e estou amadurecendo. Aprendo todos os dias, conquisto espaço, erro e supero.
Sinto saudades, mas não choro, porquê a gente só sente saudade quando gosta de verdade. Sei que também muitos sentem minha falta e torcem por mim.
Por isso, não posso fraquejar. Vivo em busca, em busca de mim, dos meus sonhos, dos meus anseios, do sucesso, de colo e de mãos aptas a me ampararem quando eu cair.
Meus amigos quero que saibam apenas uma coisa: Uma metade de mim é amor, a outra também!

Beijoss de uma agora Sobradinhense

terça-feira, 2 de março de 2010

sou uma mulher madura
que às vezes anda de balanço

sou uma criança insegura
que às vezes usa salto alto

sou uma mulher que balança
sou uma criança que atura

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

"O objetivo mais alto do artista consiste em exprimir na fisionomia e nos movimentos do corpo as paixões da alma."

Leonardo da Vinci

Conheça e acesse! http://27hteatro.blogspot.com/

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Minha primeira vez...

e segunda também!!!

Ao sair de férias decidi fazer um check up. Ir ao médico e fazer alguns exames.
Nada demais, não fosse a pergunta da secretária. Sim, uma pergunta enfadonha, sem nenhum aviso prévio ou até mesmo um sorriso. Fez as de sempre, nome, idade, endereço e eis que veio ela - Aline tua profissão?
Confesso, titubiei, fiquei segundos pensando. Era minha primeira vez! Era a primeira vez que me perguntavam depois de formada. Fiquei confusa, mas a secretária nada percebeu e somente aguardou minha resposta. Respondi: - JORNALISTA. Jornalista de formação. Vi ela escrever sem nenhum problema e sem nenhum questionamento. Acho que esperava um parabéns, ou até mesmo um "que legal", mas nada. Sei que se formar foi importante para mim e os que me cercam e que me conhecem, mas não posso negar que esperei palavras de congratulações.
Mas tudo bem, deu baita orgulho em responder.
Assim, sai eu da minha primeira vez, confusa e orgulhosa, com medo e coragem. Um misto de sentimentos.
E eis que na mesma semana tive minha segunda vez. Dessa vez um pouco diferente, mas com a mesma finalidade.
A pergunta foi: - Escolaridade?
A resposta: - Terceiro grau completo. Ressalvo que dito com muito prazer e um largo sorriso.
Acredito estar "pegando" gosto em ressaltar meus estudos...rs

Beijos e até mais

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

As leoninas - por Vinícius de Moraes

Mulher de Leão

A mulher de Leão

Brilha na escuridão.
A mulher de Leão, mesmo sem fome
Pega, mata e come.
A mulher de Leão não tem perdão.
As mulheres de Leão
Leoas são.
Poeta, operário, capitão
Cuidado com a mulher de Leão!
São ciumentas e antagônicas
Solares e dominicais
Ígneas, áureas e sardônicas
E muito, muito liberais.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

B I B L I O T E C A

Iniciei uma biblioteca! Isso mesmo, uma biblioteca minha, pessoal e particular.
Comprei alguns livros da minha área, comunicação, e outros de interesse literário.
Talvez, o fato de trabalhar em uma biblioteca, tenha me influenciado; ou talvez não.
Infelizmente livros são caros! Pesam no orçamento de qualquer um. E o que é para ser um prazer, pode se tornar um cartão “estourado”, a abnegação de um outro bem.
Mas não vou desistir, sempre que der quero comprar um.
Ter uma estante de livros, de repente, tornou-se um desejo.
Lembrei-me agora do bonito discurso de meu mestre em minha formatura; “ Jornalista tem que ler e ler muito”.
Como podem observar sou uma pupila obediente.Ta certo, nem tanto, mas tentando...
Biblioteca é um lugar de muitos aprendizados, amizades, local para compartilhar e divergir ideias.
Livro a livro edifico meus conhecimentos, na busca de sanar meus anseios de recém formada.
Iniciei o caminho...andar sozinha não é fácil,mas sigo pois é preciso seguir!

"Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar".

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Canção das mulheres

"Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Lya Luft - Pensar é transgredir

Uma amiga me mostrou, eu li, gostei e postei...abraços Ali