sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A vida que segue


Passado todo o alvoroço entorno da Gripe A, a vida voltou a seu curso normal.
No trabalho sigo com minhas crianças, em volta com os livros e colegas de uma biblioteca multifacetada.
As aulas enfim tiveram início e assim sendo se deu também o início do meu fim.
Não, não estou doente, não vou embora (ou vou), mas esse é o último semestre de minha vida acadêmica como estudante de jornalismo.
Começo agora um novo ciclo, os olhos, ainda que assustados, buscam por novos horizontes.
A cada aula, olho para os colegas e imagino o nosso grande dia. Olho também para aqueles que compartilhei momentos ímpares, mas que agora farão parte de um passado que ainda está bem presentes.
Todos os dias roda um filme. O filme da minha vida. Adolescente, imatura ainda, ingressei no mundo dos adultos para decidir meu futuro. Hoje um pouco mais madura, estou a exatamente um passo de "chegar" nesse futuro, que um dia me pareceu distante.
Sim eu já estou com saudades antes mesmo de partir.
Quero seguir sem medo, mas impossível não se sentir insegura.
O frio na barriga é inevitável, mas a hora é essa e vou indo...
Fica também a primeira foto da MINHA TURMA DE FORMATURA...
Faltam alguns...mas ta ai

Um comentário:

Alexandre Correia disse...

Olá Aline,

Eu consegui meu primeiro emprego como jornalista quando ainda tinha 16 anos. Era mesmo um adolescente-adulto, como diz no seu texto que também se sentiu. Para não deixar de viver plenamente essa adolescência e gozar a liberdade que essa fase da vida nos confere, aos 21 anos parei de trabalhar durante nove meses e foi só estourar. Parei no momento certo, antes de viciar em boa vida, que é tão gulosa, tão docinha que só apetece curtir. Regressei então para esta dura e cruel vida de trabalho. Aturar diretores duros, sempre exigir, sempre a gritar, sempre a molestar. Até que um dia, com apenas 28 anos, mandei-os todos a um sítio feio. E tornei-me patrão de mim próprio, assegurando os direitos para continuar a editar uma revista que já estava lançada e que nunca mais parei de melhorar. Hoje, que se vivem tempos difíceis, mesmo muito difíceis, continuo fazendo isso. E o meu blog tornou-se num ponto de fuga, para poder escrever outras coisas, para contar as histórias que não cabem nas minhas reportagens. Fico contente que tenha gostado e desejo que se torne numa grande jornalista. Mas, para isso, tem de seguir uma regra: nunca perca a modéstia, porque jamais saberemos tudo até morrer, nem nunca abandone o culto da excelência. O mundo já está repleto de gente medíocre, inclusive jornalistas...

Um beijo,

Alexandre Correia

PS - Vou continuar a visitá-la, porque fico curioso da sua carreira.