quinta-feira, 9 de julho de 2009

Lendo o que não está escrito

Ah se realmente eu pudesse ler pensamentos
Traduzir sentimentos e expor os meus
Com as mãos tiraria as angústias
Com a boca traria alento em forma de beijos
Sedentos de amor
Com o corpo representaria de forma sincronizada um enlaçar
Com a alma deixar levar, assim juntos, um leve e lento passear
Apagar as marcas deixadas pelo tempo
Esquecer, esquecer o que um dia foi tristeza
Amarrar o sofrimento em uma árvore sem raiz
Para que junto dela esmoreça
Mesmo sendo através de versos rimados
De um dizer "des"dizendo
Mesmo sem saber se saberás
Mesmo que não se atinja o esperado
Mesmo que o presente possa ser passado
Em total lucidez faço... e se der tento outra vez

Aline - :*

Um comentário:

Alexandre Correia disse...

Olá Aline!

Adorei ler o que escreveu e pensar no que não escreveu. Como dizia o grande poeta Fernando Pessoa, "tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Na vida, mais vale tentar e não conseguir do que não tentar e viver o arrependimento de nunca termos sabido o que teria acontecido se tivessemos tentado. Não interessa o quê. Parabéns pela sua poesia, tão simples e tão sentida. Hei-de cá voltar.

Um beijo,

Alexandre Correia